Curiosos sobre a origem dos números, alguns estudiosos
pesquisaram e acabaram percebendo que não os números, mas a necessidade de
contar já existia há cerca de 30.000 anos atrás. Nesta época, para se
alimentar, os homens caçavam e coletavam raízes e folhas. Normalmente viviam em
grutas buscando se proteger de animais ferozes e do frio.
Em algumas
dessas grutas, como a de Lascaux, na França, foram encontrados desenhos de
homens desse período. São imagens de animais e outros sinais como
pontinhos e riscos. Desde que a gruta foi redescoberta, estes sinais estão sendo investigados.
Talvez eles indiquem que os homens primitivos já contavam usando marcas. Mas
não somente desenhando nas paredes de grutas: também faziam riscos em ossos de
animais ou pedaços de madeira.
E
para que esses riscos? Com base em desenhos de astros celestes como o sol,
a lua e as estrelas feitos na mesma época, alguns especialistas
afirmam que eles serviam para contar o tempo, permitindo que os homens
realizassem os seus rituais religiosos no período certo.
Saindo das cavernas
Há
cerca de 10.000 anos, os homens desenvolveram melhores técnicas de obtenção de
alimentos. Continuavam a caçar, mas passaram a cultivar plantas e criar
animais. Além disso, começaram a se reunir em grupos maiores, formando aldeias.
Todas essas mudanças fizeram surgir novas necessidades. Entre
elas a necessidade de contar os animais que criavam. A contagem do tempo
continuava sendo importante, pois, se quisessem garantir a colheita, eles
tinham que saber as estações do ano para prever as épocas de chuva, de frio ou
de calor. E, além de tudo isso, era fundamental saber quando deveriam adorar
seus deuses e fazer cerimônias religiosas.
Sinais em
tabletes de argila
Os dedos ajudavam
bastante nos cálculos. Mas chegou um tempo em que sementes, pedras, gravetos e
os próprios dedos não eram suficientes para contar. As quantidades tinham
aumentado: de plantas, de animais, de pessoas, de terras. Vieram as guerras, os
impostos e a necessidade de administrar o que circulava pelos reinos e aldeias era
cada vez maior
Contando com egípcios e maias
Mais
ou menos na mesma época que os sumérios, no nordeste da África um
outro povo criava um outro sistema de numeração. Você já ouviu falar das
pirâmides do Egito? Pois é, eles eram craques mesmo em arquitetura! E para
construir, precisavam calcular. E para calcular, precisavam de números.
O sistema de numeração egípcio tinha sete números-chave, que hoje
reconhecemos como os seguintes: 1, 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000 e 1.000.000.
Eles estabeleceram símbolos para cada um deles e, com estes desenhos,
escreviam os outros números e faziam contas.
Números gregos, hebraicos e romanos
Você já
deve ter ouvido falar a respeito dos gregos. Eles foram muito importantes para
toda a história do Ocidente. Desenvolveram as artes, a política e a medicina.
São considerados os pais da filosofia e da democracia. E, junto com tudo isso,
também criaram um sistema numérico.
Os gregos usavam letras de seu alfabeto para representar números. Não
sei se já aconteceu com você, mas talvez um dia você se depare com um exercício
envolvendo os seguintes símbolos: α, β e γ. Parecem apenas três letrinhas, não
é? Mas são números (1, 2 e 3) que já eram utilizados por matemáticos gregos.
Números orientais
A
fama de gregos e romanos é tão grande que, às vezes, parece que só eles habitavam
o mundo antigo. Entretanto, na mesma época, outras grandes civilizações também
se desenvolveram no Oriente: a chinesa e a indiana. E as duas também
desenvolveram formas de representar quantidades.
O sistema indo-arábico
Pense
em todos os números que você já escreveu, pensou ou leu. Todos eram
representados usando os símbolos hindus (que hoje você conhece como 0, 1, 2, 3,
4, 5, 6, 7, 8 e 9), certo? Em cada número eles aparecem em uma posição
específica, que diz se eles valem unidades, dezenas e centenas. Por exemplo: no
número 123 sabemos que o 1 vale 100 (1 x 100), que o 2 vale 20 (2 x 10) e que o
3 vale 3 (3 x 1).
Biografia
GUELLI, Oscar.
A invenção dos números. São Paulo: Ática, 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.