quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A HISTÓRIA DOS NÚMEROS

Curiosos sobre a origem dos números, alguns estudiosos pesquisaram e acabaram percebendo que não os números, mas a necessidade de contar já existia há cerca de 30.000 anos atrás. Nesta época, para se alimentar, os homens caçavam e coletavam raízes e folhas. Normalmente viviam em grutas buscando se proteger de animais ferozes e do frio.
Em algumas dessas grutas, como a de Lascaux, na França, foram encontrados desenhos de homens desse período.  São imagens de animais e outros sinais como pontinhos e riscos. Desde que a gruta foi redescoberta, estes sinais estão sendo investigados. Talvez eles indiquem que os homens primitivos já contavam usando marcas. Mas não somente desenhando nas paredes de grutas: também faziam riscos em ossos de animais ou pedaços de madeira.
E para que esses riscos? Com base em desenhos de astros celestes como o sol, a lua e as estrelas feitos na mesma época, alguns especialistas afirmam que eles serviam para contar o tempo, permitindo que os homens realizassem os seus rituais religiosos no período certo.

Saindo das cavernas
Há cerca de 10.000 anos, os homens desenvolveram melhores técnicas de obtenção de alimentos. Continuavam a caçar, mas passaram a cultivar plantas e criar animais. Além disso, começaram a se reunir em grupos maiores, formando aldeias.
Todas essas mudanças fizeram surgir novas necessidades. Entre elas a necessidade de contar os animais que criavam. A contagem do tempo continuava sendo importante, pois, se quisessem garantir a colheita, eles tinham que saber as estações do ano para prever as épocas de chuva, de frio ou de calor. E, além de tudo isso, era fundamental saber quando deveriam adorar seus deuses e fazer cerimônias religiosas.

Sinais em tabletes de argila
 Os dedos ajudavam bastante nos cálculos. Mas chegou um tempo em que sementes, pedras, gravetos e os próprios dedos não eram suficientes para contar. As quantidades tinham aumentado: de plantas, de animais, de pessoas, de terras. Vieram as guerras, os impostos e a necessidade de administrar o que circulava pelos reinos e aldeias era cada vez maior

Contando com egípcios e maias
Mais ou menos na mesma época que os sumérios, no nordeste da África um outro povo criava um outro sistema de numeração. Você já ouviu falar das pirâmides do Egito? Pois é, eles eram craques mesmo em arquitetura! E para construir, precisavam calcular. E para calcular, precisavam de números.
O sistema de numeração egípcio tinha sete números-chave, que hoje reconhecemos como os seguintes: 1, 10, 100, 1.000, 10.000, 100.000 e 1.000.000. Eles estabeleceram símbolos para cada um deles e, com estes desenhos, escreviam os outros números e faziam contas.

Números gregos, hebraicos e romanos
Você já deve ter ouvido falar a respeito dos gregos. Eles foram muito importantes para toda a história do Ocidente. Desenvolveram as artes, a política e a medicina. São considerados os pais da filosofia e da democracia. E, junto com tudo isso, também criaram um sistema numérico.

Os gregos usavam letras de seu alfabeto para representar números. Não sei se já aconteceu com você, mas talvez um dia você se depare com um exercício envolvendo os seguintes símbolos: α, β e γ. Parecem apenas três letrinhas, não é? Mas são números (1, 2 e 3) que já eram utilizados por matemáticos gregos.

Números orientais
A fama de gregos e romanos é tão grande que, às vezes, parece que só eles habitavam o mundo antigo. Entretanto, na mesma época, outras grandes civilizações também se desenvolveram no Oriente: a chinesa e a indiana. E as duas também desenvolveram formas de representar quantidades.

O sistema indo-arábico
Pense em todos os números que você já escreveu, pensou ou leu. Todos eram representados usando os símbolos hindus (que hoje você conhece como 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), certo? Em cada número eles aparecem em uma posição específica, que diz se eles valem unidades, dezenas e centenas. Por exemplo: no número 123 sabemos que o 1 vale 100 (1 x 100), que o 2 vale 20 (2 x 10) e que o 3 vale 3 (3 x 1).


Biografia

GUELLI, Oscar.  A invenção dos números. São Paulo: Ática, 2000.

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